Um pouco atrasado, mas ainda em tempo, o Raio vem passar uma abordagem do que foi o 1º Circuito Universitário da UNIR. Tal evento foi realizado em parceria com Oscar Silveira Produções e OAB, pela campanha do VOTO CONSCIENTE. O evento, que aconteceu nas cidades de Vilhena, Cacoal e Porto Velho, teve a participação das bandas Estróina (RO), Caixa de Silencio (RO) e Nenhum de Nós (RS), sendo que no último dia de evento, que se realizou na capital rondoniense, também participaram outras bandas locais.
1º DIA: VILHENA
Após sair de Porto Velho por volta das 15 horas do dia 24/09, e dormir em Cacoal, e depois correr para vilhena, chegamos no Campus da UNIR, e acreditem...ja tinha banda tocando.
Uns “guris” que só tocaram covers de RAIMUNDOS, agradavam o público (infanto-juvenil) local. Por volta das 9 horas, a banda Caixa de Silencio subiu ao palco menor e mandou um som autoral, que por sinal foi muito bem recebido pelo público de Universitários que acabavam de chegar ao local. Logo em seguida a banda ENMOU do baixista Neto, cuidou de mandar mais som próprio e soltar críticas a sociedade atual. Nenhum de Nós subiu ao palco e fez um elétrico show de 1h e 20m, para o público vilhenense que não decepcionou e manteve firme o coro. Acompanhando o vocalista Theddy Correa, os vilhenenses provaram que são fãs da banda gaúcha, e cantavam tantos os hits de sucesso, como também, as músicas novas do grupo.
2º DIA: CACOAL
Dormimos e almoçamos em Vilhena, e depois voltamos a Cacoal. No camarim, aproveitei pra “tietar” os rapazes, e ver o que eu podia aproveitar de conhecimento com eles. Em nome do Raio que Uparta consegui uma entrevista exclusiva com o guitarrista e fundador da banda, Carlos Stein.
Raio: Carlos, como você classificaria uma banda e uma cena independente?
Carlos Stein: Bem, uma banda independente, seria sem dúvida uma banda que não só, faz a própria carreira, baseada em composições próprias e produções independentes de gravadoras pequenas, mas também, um grupo de pessoas que se prontificam a melhorar e engrandecer a cena independente local. Já a cena Independente, é o resultado desse trabalho em conjunto, realizado através de produções de eventos, parcerias fortes e consolidadas. É uma das muitas cenas culturais que se encontra em uma determinada região, mas é a que mais tem tendência em crescer, desde que esse trabalho de crescimento seja feito com organização e competência.
Raio: O que um coletivo de bandas independentes deveria fazer para que a cena chegasse a um reconhecimento significativo.
Calos Stein: O primeiro passo, é definir prioridades. Até onde esse reconhecimento é significativo?Uma cena musical na minha opinião, é aquela que não se limita apenas ao Rock n’ Roll, que é o que mais vemos por aí!Uma cena forte, é aquela onde seu público não é oriundo apenas de um “clã” cultural, mas sim de um montante de pessoas que curtem a música independente e o trabalho autoral em si.
Raio: Após 22 anos de carreira musical, para você, quais os problemas comuns que as bandas tem no inicio da carreira e o q fazer para resolve-los e evita-los
Carlos: No início, houve diversos fatores que provocaram problemas pequenos que acabariam se alastrando, não fosse o cuidado que cada um de nós teve em ver que éramos um grupo, e precisávamos modificar nossos modos de ver a banda. A guerra de egos é uma coisa muito comum em uma banda, muitas cabeças pensantes junto, e muitas das vezes, estão direcionadas para um mesmo objetivo, mas por caminhos diferentes. É de fundamental importância que todos cheguem a um bom senso, pra decidir os caminhos que a banda deve trilhar, e nunca esquecer de deixar suas vontades individuais em segundo plano, e tentar conciliar as duas coisas no mesmo projeto.
Raio: Se um coletivo de bandas independentes te pedisse uma dica! Qual você daria?
Carlos: Exato, Procurem se firmar na cena, produzam, produzam e produzam. Tenham “culhão”, para por goela abaixo do público, as músicas autorais. Realizem parcerias fortes, e façam um bom trabalho, e nunca esqueçam de deixar os seus egos individuais, guardados para uma próxima oportunidade, e vivam disso!
Raio: Carlos Stein, Muito Obrigado!
Carlos: Que nada guri!Boas Idéias são sempre bem vindas, continuem com essa força de vontade, vocês chegam longe!
Durante a entrevista, rolava um pré show com a Estróina (RO), que não havia tocado na noite anterior por problemas técnicos. Então, Nenhum de Nós subiu ao palco e presenciou o maior público da turnê rondoniense, cerca de 6 mil pessoas lotaram o Campus da Universidade Federal.
3º DIA: PORTO VELHO
Já
Ao subir no palco, o “Nenhum”, como se auto definem, iniciou o show com o hit “Camila Camila” da década de 80, levando o público (pequeno) ao delírio. Na terceira canção do show, uma moçada que tem o mal costume de chegar atrasado, foi lotando o Campus, e não parava de entrar gente. Então Theddy, humildemente repetiu o hit, para os atrasadinhos de plantão.
E após 1 h de show, onde muitos tiveram a trilha sonora de suas vidas tocadas ao vivo.Nenhum de Nós, finalizou mais uma vez o show com “Astronauta de Mármore”, outro dos muitos hits dos anos 80.
Após o show, outras bandas continuaram o som, e os rapazes do “Nenhum” partiram para São Paulo, e continuaram suas vidas Pop Stars longe dos mosquitos da malária.
No sábado boa parte do Núcleo Duro do Raio, seguiu viagem para o Acre, e o Festival Varadouro 2008, onde na Próxima Matéria, saberemos em detalhes o que rolou por lá.
Pra finalizar, um vídeo amador que eu gravei de "Voce vai lembrar de mim" ao vivo em Cacoal!
Até a Próxima!!