25 de ago. de 2009

Survive: Técnica, Agressividade e CD Novo

Outra da série de entrevistas, agora com a banda Survive, que fala sobre os seus vários projetos. Entre eles estão o Festival Norte Noise, a ida à São Paulo na seletiva para o festival alemão Wacken Open Air em 2008, e o seu primeiro álbum, que está em fase de pré-produção.

Enquanto nos seus três primeiros anos de existência, algumas bandas ainda estão dando os seus primeiros passos fora de sua cidade natal, ou até mesmo gravando um primeiro registro, a Survive pode se orgulhar de já ter alçado vôos muito maiores, como a apresentação no Wacken Open Air Metal Battle Brasil, em São Paulo, ou o fato de contar com dois registros prontos (uma demo e um EP), e já ter outro em fase de pré-produção.


Referência no Metal Acreano

A Survive, que é formada por Max Dean (Vocais), Renato Piauhy (Bateria), Heryc Luis (Contrabaixo), Joziney Almeida e Joselio Almeida (Guitarras), existe desde 2006 e opta por tocar um estilo que prima pela união entre técnica e agressividade: O Metal Core. Junto com as atividades da banda, a Survive atua também como articuladora da cena acreana como Max descreve: “Atualmente a Survive tem sido um dos principais atuantes na cena Heavy Metal em Rio Branco, estamos organizando eventos, no caso do Norte Noise II [ocorrido neste último sábado 22] e somos colaboradores na elaboração de eventos como o Feliz Metal”. Ainda sobre a cena do metal acreano, o vocalista diz : “Eu converso com pessoas de diversos estados e sempre pergunto sobre as cenas locais, e o que sempre falam é de desunião,desorganização e preconceito. Graças à Deus aqui é um pouco diferente, pra começar todas as bandas tem um vínculo de amizade muito forte indepedente do que cada uma fala se fala sobre o Diabo ou sobre Deus. Não importa, o Heavy Metal nos une. É muito massa ter esse tipo de referência que pode se dizer que é unico no Brasil. Nossa cena pode não ser tão grande mais é bastante unida!”

Wacken Open Air 2008

Em 2008, a Survive se classificou na seletiva acreana para o Wacken Open Air Mettal Battle Brasil 2008, que ocorreu em São Paulo. Sobre a experiência de tocar lá e o aprendizado trazido da viagem, Max diz : “Foi algo além da nossa capacidade de pensar, porque tínhamos dois anos de banda e de repente fomos para São Paulo representar o Heavy Metal acreano. Apesar de ter sido um fardo bem pesado, foi um experiência incrível, você chegar lá e tocar com as 14 melhores bandas de outros estados e ainda ter conseguido representar nosso estado dignamente. Nosso maior aprendizado foi que tudo e possível para aquele que acredita no seu sonho!”


Demo antiga, CD novo.

Em 2008, a banda lançou a sua primeira demo, “Lost”, que contou com três faixas e que foi bastante elogiada pela Revista Roadie Crew, sendo citada até como o destaque do mês da edição 115 da revista. Sobre essa recepção, o frontman diz : “Bem, foi inacreditável quando a gente viu na Roadie Crew o CD Lost como DEMO destaque do mês pela revista. Isso nos deu mais força para continuar”. Neste ano a banda ainda lançou o seu EP novo, “Days Of Agony”, que conta com as três faixas da demo “Lost”, mais as novas “Son Of God” e a faixa que dá nome ao disco. Ambas Demo e EP foram lançadas de maneira independente.

E ainda tem o lançamento do primeiro álbum da banda, previsto pra 2010, conforme o vocalista anuncia em primeira mão: “Nosso projeto de gravação de um álbum completo com 10 faixas foi aprovado pela FEM - Fundação de Cultura Elias Mansur. Já estamos em processo de Pré-produção do álbum, e o projeto será da seguinte forma: a captação será feita aqui em Rio Branco no melhor estúdio aqui disponível, contaremos com Karím Serri, guitarrista e produtor da banda curitibana Seven Angel e a mixagem e a masterização serão feitas em São Paulo no Estúdio Heros Trench e será coordenado por Heros e Pompeu, ambos da banda Korzus. As gravações começarão dia 1º de novembro e espero que consigamos fazer o melhor!”


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1ª e 2ª Prévias do Festival Casarão


Nos dias 02 e 03, de Setembro, vão rolar as duas Prévias do Festival Casarão, que irão contar com a paraense Johnny Rockstar e a paraibana Cerva Grátis. Além das atrações de fora do estado, as prévias vão contar com a participação de bandas locais e a parceria inédita do Coletivo de Comunicação Raio Q Uparta com a Webrádio PVH Caos e a banda Ultmato, na realização da 2ª Prévia.

O quê: 1ª Prévia do Festival Casarão
Onde: Antiquarius Pub
Quando: 02 de Setembro
Quanto: R$10,00 na hora e R$8,00 na lista amiga da comunidade no orkut
Bandas : AP-12, Ultmato e Cerva Grátis (PB)
Realização: PVH Caos e Ultmato

O quê: 2ª Prévia do Festival Casarão
Onde: Piratas' Pub
Quando: 03 de Setembro
Quanto: R$10,00 na hora e R$8,00 na lista amiga da comunidade no orkut
Bandas: Bicho Du Lodo, TRAP e Johnny Rockstar (PA)
Realização: Raio Q Uparta, PVH Caos, e Ultmato
Por: Ramon Alves

16 de ago. de 2009

O Thrash Metal e o Engajamento da Sanctify

Dando continuidade à série de entrevistas com bandas que participarão do Festival Casarão, o Raio conversa agora com a Banda Sanctify, banda portovelhense formada por Daniel (Baixo/Vocal), Reuel (Bateria), George e Wesley(Guitarras). Junto com o seu Thrash Metal, a banda é marcada pela constante presença em eventos fora da capital, pela temática cristã de suas letras e o seu engajamento nos mais diversos projetos.

Quem observa as novidades do cenário da música pesada rondoniense, se depara com várias bandas novas e atuantes, e dentre elas uma que já tem um tempo considerável de carreira, mas ainda não é uma grande conhecida do público portovelhense, por circular mais fora do que dentro da capital. Este é o exemplo da Sanctify, que já participou de dez eventos longe das Três Marias, desde o seu surgimento. O Raio conversou com a banda a respeito desta peculiaridade, que só tem semelhante no exemplo da Hey Hey Hey, que emplaca mais fora do que dentro de Porto Velho.


A Sanctify atualmente participou de vários eventos no interior do estado e até no Acre. Como vocês encaram o fato de se apresentarem mais fora de Porto Velho do que na própria cidade ?

- Para nós tocar em Porto Velho é muito legal... seria o ideal, né? Tocar em casa... pena que acontece pouco. Mas somos sempre bem tratados onde vamos, o público tem uma receptividade legal, infelizmente os espaços se fecharam um pouco depois de 2004, mas desde 2008 conseguimos voltar a cena da capital e esperamos não sair mais.


Qual a cidade que vocês costumam visitar mais ?

- Acho que é Jipa... mas já fomos duas vezes (nesse ano) pra Ariquemes também, e duas pra Rio Branco. Tá quase empate!


Como é a recepção do público e da mídia nesses eventos fora da capital ?

- A mídia do interior é mais devagar, tendo em vista que os eventos são undergrounds de tudo. Porém o publico é bom, já que a quantidade de banda local que toca o estilo é pouca, então quando aparece outra é a oportunidade perfeita pra bater cabeça! O Acre por ser uma terra de boas bandas, pra você arrebentar por lá tem que superar as locais, o que não é tarefa fácil. Mas acho que é questão de tempo pra alcançarmos novos horizontes. Mas a galera do interior é muito gente fina, sempre nos recebem bem e curtem até a última música da última banda que toca.


Assim como a Sanctify, existem também outras bandas que se apresentam mais fora da sua própria cidade natal do que na mesma. No seu caso, qual o fator que contribui decisivamente para isso acontecer ?

Assim como acontece com os nossos amigos do Sepultura, Angra e outras bandas da cena do Metal Nacional, é dificil ter primeiro o reconhecimento na sua própria terra, parece. Mas no nosso caso talvez seja por conta do ‘Apartheid Musical’ que acontece aqui em Porto Velho. Muitos movimentos, bandas que não se cheiram, pessoas que não respeitam ideologias ou estilo de bandas... nós tocamos onde nos chamarem, nunca fomos nem seremos estrelas. Mas graças a Deus mudou muito isso, e temos visto a cena se unindo enfim.


A Sanctify vai se apresentar no II Norte Noise e no X Festival Casarão neste ano. Vocês estão preparando algum material novo visando a participação nesses festivais?

- No momento estamos reformulando algumas músicas, recriando algumas coisas justamente pra gravar algo que seja a nova cara da banda. Acho que desde o fim de 2008 estamos fazendo isso, e cremos que a demo saí ainda em 2009 com uma pegada boa e novos riffs das músicas antigas.


Outros Projetos

Além da banda, os integrantes da Sanctify mantém paralelamente vários projetos interessantes, como a Nova Webrádio, que, segundo os integrantes “É uma tentativa de fazer uma webrádio alternativa, que una não só as tribos Rock e Metal, mas com espaço pra reggae, som regional e alternativo em geral”. Toda a banda também está envolvida com o projeto social “Atos União” junto à população ribeirinha de Porto Velho, aonde eles prestam serviços de aulas de introdução à informática, levando a inclusão digital a essa parcela da sociedade.
Por : Ramon Alves

7 de ago. de 2009

Di Marco: Power Trio, Novos Planos e Muitas Ações

Dando continuidade à série de entrevistas realizadas com os destaques da décima edição do Festival Casarão, segue entrevista com a banda Di Marco, que fala sobre o desafio de uma nova formação, a experiência de sair do estado pela primeira vez, a composição do seu som e a atuação com o Interior Alternativo.

O IX Festival Casarão (2008), além de contar com bandas já conhecidas de longa data do público rondoniense, foi importante por lançar bandas novas no circuito, e um destes destaques, foi a Di Marco, que inclusive foram elogiados por Bruno e Cirilo Dias, do respeitado site Urbanaque.

A banda, que existe desde 2004, e já se apresentou com outras formações, agora é um power trio : Raphael Amorim (Vocal/ Guitarra), Uelton Amorim (Contrabaixo), e Alexandre Wilsen (Bateria). Quando perguntado sobre as mudanças na maneira de se apresentar da banda e na dinâmica de composição, Raphael Amorim diz “...de certa forma estamos mais à vontade, tanto pra compor e tocar. Estamos nos acertando ainda como um trio, mas já percebemos que só depende do nosso empenho e temos feito com que isso aconteça, com o maior tesão do mundo."

Apesar das novidades na formação, a banda continua mandando o seu Indie Rock, misturado com outros estilos, conforme explica o guitarrista “É impossível não colocar algo mais, já que tudo que você escuta e vê acaba de certa forma inserida na sua música, desde um efeito legal em uma musica do Arctic Monkeys até uma palhetada que tem numa música da banda Calypso, então já que é ‘Índio Rock’.”

O conjunto ji-paranaense, que carrega experiências nos Festivais Machado Rock e Casarão, ambos em Rondônia, saiu do estado pela primeira vez em Fevereiro deste ano, no Grito Rock Cuiabá. Além das histórias da viagem, a banda comemorou a possibilidade de conhecer outros coletivos e bandas, além de conferir o funcionamento do Espaço Cubo. O vocalista resume : “Tocar sempre é bom. Em Cuiabá e pra uma casa cheia, melhor ainda.”. Ainda sobre o Festival Machado, a banda está participando do CD do Festival Machado Rock, contribuindo com três faixas. Além disso, também há a possibilidade da banda levar algo novo visando o Festival Casarão deste ano.

Atuação no Interior Alternativo

É importante ressaltar que a Di Marco fundou o Interior Alternativo, que evoluiu de um blog para um coletivo, que, diga-se de passagem, é bem peculiar, pois possui membros de duas cidades, Ji-Paraná e Cacoal, e já encontra o seu caminho na produção de eventos, como a ‘Noite Fora do Eixo’ do dia 31 de julho, que contou com a banda acreana Los Porongas, e o Festival ‘Eu Quero É Rock’, que vai acontecer nos dias 28 e 29 de agosto. O coletivo, que em outros tempos era composto basicamente pela banda, hoje comemora as recentes parcerias com outras bandas e casas de eventos, conforme diz Raphael: “Durante muito tempo o Interior Alternativo foi praticamente a Di Marco, já que a gente organizava e tocava. Algumas bandas não se bicavam, então preferiam não estar juntas no mesmo barco, e pra nossa alegria isso tem mudado, outras bandas têm aderido, Cacoal se interessou pela idéia, estamos brotando na verdade, mas já estamos dando frutos.”


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Hoje também vai rolar o Ensaio Garagem no Manifesto Missões Urbanas a partir das 19h30 com as bandas : Destroy, Nóis é Cowboy e Sanctify. Além do som, no local vai haver venda de CD's, DVD's e revistas das bandas.
Por : Ramon Alves e Bruna Cruz

3 de ago. de 2009

Lançamento do CD Soda Acústica no Mercado Cultural

Soda Acústica em ação no Mercado Cultural ( Foto : Ramon Alves)

Neste último sábado, dia 1º de Agosto, aconteceu no Mercado Cultural o show de lançamento do primeiro CD da banda Soda Acústica. O show foi o primeiro de uma turnê que se estenderá pelo interior do estado, passando por Ariquemes e Cacoal.

A apresentação, que foi realizada pela ACME Produções e contou com a participação do baterista Catatau, mostrou uma banda que apresenta um repertório bem eclético e maduro, com composições que navegam pela MPB, rock, samba e até reggae, além de conter parcerias com músicos e poetas locais.

O único problema visível no evento foi a falta de uma infra-estrutura capaz de conter o calor no Mercado Cultural, fator que acabou afastando um pouco o público presente, mas não o impediu de contemplar uma boa apresentação.

A banda, que foi selecionada pelo Projeto Pixinguinha 2008 (Produção) é formada por um trio de ex-alunos do curso de Letras, sendo eles : Anderson Silva (voz e baixo), André Torres (guitarra), e Rinaldo Santos (voz e guitarra). Além da turnê de lançamento do CD, a banda confirmou a participação no X Festival Casarão.
Por : Ramon Alves

1 de ago. de 2009

Raio Apresenta Lançamento do Festival Casarão : Memorável

Los Porongas em sinestesia com o seu público. (Foto : Paula Cortez)

A festa “Raio Apresenta : Lançamento do Festival Casarão” foi especialmente bem recebida pelo público, o número de pessoas superou a expectativa e lotou o local de tal maneira que era impossível se mexer. As apresentações, tanto da Miss Jane, quanto do Los Porongas, foram memoráveis.

A banda rondoniense, que pela primeira vez se apresenta em Porto Velho com a sua nova formação, apresentou um repertório preparado especialmente para a ocasião, que contava ainda com duas músicas inéditas : “Você e Nada Pra Fazer”, e “A Lápide do Passageiro.”

Los Porongas, que há três anos não se apresentavam em Porto Velho, trouxeram um show com sucessos conhecidos do público portovelhense, como “Escudo”, “Tudo ao Contrário”, entre outras, que foram cantadas em coro pelo público presente, e mesclaram a isso músicas do novo CD que se encontra em fase de pré-produção. Sobre essas músicas novas, João, guitarrista, disse: “Em Porto Velho será a primeira vez que nós vamos tocar as músicas novas, meio como um lançamento extra-oficial.”
Por : Bruna Cruz