16 de ago. de 2009

O Thrash Metal e o Engajamento da Sanctify

Dando continuidade à série de entrevistas com bandas que participarão do Festival Casarão, o Raio conversa agora com a Banda Sanctify, banda portovelhense formada por Daniel (Baixo/Vocal), Reuel (Bateria), George e Wesley(Guitarras). Junto com o seu Thrash Metal, a banda é marcada pela constante presença em eventos fora da capital, pela temática cristã de suas letras e o seu engajamento nos mais diversos projetos.

Quem observa as novidades do cenário da música pesada rondoniense, se depara com várias bandas novas e atuantes, e dentre elas uma que já tem um tempo considerável de carreira, mas ainda não é uma grande conhecida do público portovelhense, por circular mais fora do que dentro da capital. Este é o exemplo da Sanctify, que já participou de dez eventos longe das Três Marias, desde o seu surgimento. O Raio conversou com a banda a respeito desta peculiaridade, que só tem semelhante no exemplo da Hey Hey Hey, que emplaca mais fora do que dentro de Porto Velho.


A Sanctify atualmente participou de vários eventos no interior do estado e até no Acre. Como vocês encaram o fato de se apresentarem mais fora de Porto Velho do que na própria cidade ?

- Para nós tocar em Porto Velho é muito legal... seria o ideal, né? Tocar em casa... pena que acontece pouco. Mas somos sempre bem tratados onde vamos, o público tem uma receptividade legal, infelizmente os espaços se fecharam um pouco depois de 2004, mas desde 2008 conseguimos voltar a cena da capital e esperamos não sair mais.


Qual a cidade que vocês costumam visitar mais ?

- Acho que é Jipa... mas já fomos duas vezes (nesse ano) pra Ariquemes também, e duas pra Rio Branco. Tá quase empate!


Como é a recepção do público e da mídia nesses eventos fora da capital ?

- A mídia do interior é mais devagar, tendo em vista que os eventos são undergrounds de tudo. Porém o publico é bom, já que a quantidade de banda local que toca o estilo é pouca, então quando aparece outra é a oportunidade perfeita pra bater cabeça! O Acre por ser uma terra de boas bandas, pra você arrebentar por lá tem que superar as locais, o que não é tarefa fácil. Mas acho que é questão de tempo pra alcançarmos novos horizontes. Mas a galera do interior é muito gente fina, sempre nos recebem bem e curtem até a última música da última banda que toca.


Assim como a Sanctify, existem também outras bandas que se apresentam mais fora da sua própria cidade natal do que na mesma. No seu caso, qual o fator que contribui decisivamente para isso acontecer ?

Assim como acontece com os nossos amigos do Sepultura, Angra e outras bandas da cena do Metal Nacional, é dificil ter primeiro o reconhecimento na sua própria terra, parece. Mas no nosso caso talvez seja por conta do ‘Apartheid Musical’ que acontece aqui em Porto Velho. Muitos movimentos, bandas que não se cheiram, pessoas que não respeitam ideologias ou estilo de bandas... nós tocamos onde nos chamarem, nunca fomos nem seremos estrelas. Mas graças a Deus mudou muito isso, e temos visto a cena se unindo enfim.


A Sanctify vai se apresentar no II Norte Noise e no X Festival Casarão neste ano. Vocês estão preparando algum material novo visando a participação nesses festivais?

- No momento estamos reformulando algumas músicas, recriando algumas coisas justamente pra gravar algo que seja a nova cara da banda. Acho que desde o fim de 2008 estamos fazendo isso, e cremos que a demo saí ainda em 2009 com uma pegada boa e novos riffs das músicas antigas.


Outros Projetos

Além da banda, os integrantes da Sanctify mantém paralelamente vários projetos interessantes, como a Nova Webrádio, que, segundo os integrantes “É uma tentativa de fazer uma webrádio alternativa, que una não só as tribos Rock e Metal, mas com espaço pra reggae, som regional e alternativo em geral”. Toda a banda também está envolvida com o projeto social “Atos União” junto à população ribeirinha de Porto Velho, aonde eles prestam serviços de aulas de introdução à informática, levando a inclusão digital a essa parcela da sociedade.
Por : Ramon Alves

Um comentário:

Zebulom disse...

é isso ai galera, curti a entrevista, parabéns!!