A comitiva do Raio esteve presente na Conferência Estadual de Comunicação, mobilizada pela sociedade civil, representada por diversas entidades como CUT e movimentos de democratização da comunicação, empresários e poder público, representado pelo procurador de justiça. Uma das principais pautas da CONECOM, senão a maior, era a discussão do papel social da comunicação, com a votação do regimento pelos representantes que deve garantir daqui para frente a discussão em torno das práticas, políticas e produções voltadas para esse meio. Dividida em painéis, dois no primeiro dia e um no segundo.
Depois da votação do regimento deu-se a abertura dos painéis com a apresentação do Procurador da República no Estado, dissertando sobre a importancia da Comunicação e de como o Estado e até mesmo a sociedade vem deixando a discussão de lado, mesmo sendo ela um direito garantido pela Constituição como de todos e livre a todos as classes. Nas palavras de Montesquieu, “o poder não quer controle” reflete o que se tornou a comunicação no Brasil: um poder, por que está nas mãos de uma minoria que a monopoliza e limita o seu acesso, uma minoria que quer ter o controle e não ser controlada no uso de um serviço de importância pública. Tais conflitos de forças se dão graças ao poder que esse setor tem e de como ele pode ser usado como mantenedor dos poderes e influenciador de mentalidades, pautem-se no aforismo “informar é formar”. A comunicação social e de base sendo posse de poucos, unilateral, contra a diversidade cultural e eximida da discussão no nível público fere não só as letra representada pela Constituição, mas também a liberdade individual do cidadão que se vê tolhido do conhecimento e da informação. No fim de sua fala ressaltou que a discussão é influenciada pelos interesses politico/financeiros e que a conquista desse poder deve ser conquistada com uma construção de bases para tal e com informação e debates democráticos com sociedade civil, pois é de se esperar que o poder instituído não queira ser podado.
Marco Bonito, professor da UNIR Vilhena, apresentou uma leitura da sociedade atual com sua palestra COMUNICAÇÃO SOCIAL DIGITAL EM REDE NA ERA DA INFORMAÇÃ E DO INDIVÍDUO, o nome pode até assustar, mas as idéias postas mostram que a sociedade se moldou para tornar o indivíduo um “consumidor de informações”, mais do que isso, as tecnologias e suas inovações trazem não só uma “facilidade” ou um contato mais rápido, mas uma nova forma de ver e pensar o indivíduo, com reflexos em áreas da pedagogia, filosofia, educação e política só pra começar. Esse nome ser humano, chamado pelos estudiosos de “informívoro”, teria uma nova individualidade moldada nas escolhas em rede, escolhas essas que mudam as formas de se consumir a informação, que agora vai direcionada não a um “vocês” mas a um “você”, o indivíduo em suas particularidades filtraria seu acesso à informações pautado nas suas necessidades.
A geração da informação, e as antecendentes, devem por isso se preocupar com esse novo mundo e seus descendentes, a Geração Z as crianças que hoje têem contato desde o berço contato com tecnologias à pouco tempo vistas apenas em ficção científica e acesso fácil a todo tipo de informação não pode ficar à parte da discussão. Sob o risco de estarmos deixando de lado o preparo e as formas de ensinar aos novos membros da sociedade se deixarmos a prática do ensino ficar estagnada na forma “analógica”, incompatível com a nova geração que se avizinha. Outro ponto bordado foi a comunicação na região amazônica, que em Rondônia sofre pelo alto custo, a falta de políticas públicas para sua democratização e com a já conhecida extensão do território.
Diferentemente de outros estados, como o Acre, que já possuem avanços em termos de acesso a rede e a dissiminação de tecnologias. Para pontuar suas falas utilizou dados do CGI (comitê gestor de internet), que presta um serviço público ao divulgar dados sobre acesso a internet e outras pesquisas sobre acesso à rede. Dado importante é o de que a maioria dos acessos acontece de lugares públicos e o de que os custos para tal tendem a ser mais baixos, realidade bem diferente em nosso estado.
Depois de um breve intervalo, seguiu-se o segundo painel, com Jonas do Coletivo Intervozes, coletivo nacional voltado para o direito a comunicação, explanando acerca do direito de comunicação e de sua história no Brasil. Expôs que passamos, e devemos incentivar, um processo revolucionário e que tal processo não teria uma bandeira “anarquista” ou algo que o valha, mas devido ao monopólio da comunicação existente, essa luta seria para entrarmos, no mínimo, no modelo liberal onde o mercado, no caso a comunicação, seria um lugar de livres investimentos e sem monopólios. Exemplificou mostrando que com o passar dos anos a telefonia celular que tinha várias operadoras agora é dominada por 4 marcas apenas. A proposta para a atuação seria terminar com essas concentrações de propriedade em um serviço de ordem pública com uma maior atuação da sociedade civil fiscalizando os custos de publicidade pública e os critérios de concessão de sinais.
Por fim a representante da CUT mostrou como o filtro das informações é constituído, exemplificando que há poucos dias um protesto com 50 mil trabalhadores em brasília não foi noticiado em nenhum meio de comunicação de massa ou das emissoras hegemônicas. Assim o controle da informação se daria já na escolha da informação a ser passada, estariamos passando por uma censura “branca”. Os meios de comunicação se prestam à divulgação de fatos que importam aos seus interesses e à manutenção de seu monopólio.
O CONECOM deu uma pequena mostra do que pode ser debatido e batalhado através das ferramentas democráticas e que tal discussão é mais que um direito, é m dever tendo em vista todos os direitos que estamos perdendo sob o julgo do monopólio das comunicações.
Depois da votação do regimento deu-se a abertura dos painéis com a apresentação do Procurador da República no Estado, dissertando sobre a importancia da Comunicação e de como o Estado e até mesmo a sociedade vem deixando a discussão de lado, mesmo sendo ela um direito garantido pela Constituição como de todos e livre a todos as classes. Nas palavras de Montesquieu, “o poder não quer controle” reflete o que se tornou a comunicação no Brasil: um poder, por que está nas mãos de uma minoria que a monopoliza e limita o seu acesso, uma minoria que quer ter o controle e não ser controlada no uso de um serviço de importância pública. Tais conflitos de forças se dão graças ao poder que esse setor tem e de como ele pode ser usado como mantenedor dos poderes e influenciador de mentalidades, pautem-se no aforismo “informar é formar”. A comunicação social e de base sendo posse de poucos, unilateral, contra a diversidade cultural e eximida da discussão no nível público fere não só as letra representada pela Constituição, mas também a liberdade individual do cidadão que se vê tolhido do conhecimento e da informação. No fim de sua fala ressaltou que a discussão é influenciada pelos interesses politico/financeiros e que a conquista desse poder deve ser conquistada com uma construção de bases para tal e com informação e debates democráticos com sociedade civil, pois é de se esperar que o poder instituído não queira ser podado.
Marco Bonito, professor da UNIR Vilhena, apresentou uma leitura da sociedade atual com sua palestra COMUNICAÇÃO SOCIAL DIGITAL EM REDE NA ERA DA INFORMAÇÃ E DO INDIVÍDUO, o nome pode até assustar, mas as idéias postas mostram que a sociedade se moldou para tornar o indivíduo um “consumidor de informações”, mais do que isso, as tecnologias e suas inovações trazem não só uma “facilidade” ou um contato mais rápido, mas uma nova forma de ver e pensar o indivíduo, com reflexos em áreas da pedagogia, filosofia, educação e política só pra começar. Esse nome ser humano, chamado pelos estudiosos de “informívoro”, teria uma nova individualidade moldada nas escolhas em rede, escolhas essas que mudam as formas de se consumir a informação, que agora vai direcionada não a um “vocês” mas a um “você”, o indivíduo em suas particularidades filtraria seu acesso à informações pautado nas suas necessidades.
A geração da informação, e as antecendentes, devem por isso se preocupar com esse novo mundo e seus descendentes, a Geração Z as crianças que hoje têem contato desde o berço contato com tecnologias à pouco tempo vistas apenas em ficção científica e acesso fácil a todo tipo de informação não pode ficar à parte da discussão. Sob o risco de estarmos deixando de lado o preparo e as formas de ensinar aos novos membros da sociedade se deixarmos a prática do ensino ficar estagnada na forma “analógica”, incompatível com a nova geração que se avizinha. Outro ponto bordado foi a comunicação na região amazônica, que em Rondônia sofre pelo alto custo, a falta de políticas públicas para sua democratização e com a já conhecida extensão do território.
Diferentemente de outros estados, como o Acre, que já possuem avanços em termos de acesso a rede e a dissiminação de tecnologias. Para pontuar suas falas utilizou dados do CGI (comitê gestor de internet), que presta um serviço público ao divulgar dados sobre acesso a internet e outras pesquisas sobre acesso à rede. Dado importante é o de que a maioria dos acessos acontece de lugares públicos e o de que os custos para tal tendem a ser mais baixos, realidade bem diferente em nosso estado.
Depois de um breve intervalo, seguiu-se o segundo painel, com Jonas do Coletivo Intervozes, coletivo nacional voltado para o direito a comunicação, explanando acerca do direito de comunicação e de sua história no Brasil. Expôs que passamos, e devemos incentivar, um processo revolucionário e que tal processo não teria uma bandeira “anarquista” ou algo que o valha, mas devido ao monopólio da comunicação existente, essa luta seria para entrarmos, no mínimo, no modelo liberal onde o mercado, no caso a comunicação, seria um lugar de livres investimentos e sem monopólios. Exemplificou mostrando que com o passar dos anos a telefonia celular que tinha várias operadoras agora é dominada por 4 marcas apenas. A proposta para a atuação seria terminar com essas concentrações de propriedade em um serviço de ordem pública com uma maior atuação da sociedade civil fiscalizando os custos de publicidade pública e os critérios de concessão de sinais.
Por fim a representante da CUT mostrou como o filtro das informações é constituído, exemplificando que há poucos dias um protesto com 50 mil trabalhadores em brasília não foi noticiado em nenhum meio de comunicação de massa ou das emissoras hegemônicas. Assim o controle da informação se daria já na escolha da informação a ser passada, estariamos passando por uma censura “branca”. Os meios de comunicação se prestam à divulgação de fatos que importam aos seus interesses e à manutenção de seu monopólio.
O CONECOM deu uma pequena mostra do que pode ser debatido e batalhado através das ferramentas democráticas e que tal discussão é mais que um direito, é m dever tendo em vista todos os direitos que estamos perdendo sob o julgo do monopólio das comunicações.
Por: Luiz Cochi
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