1 de set. de 2009

Made in Marte Abrindo o Casarão com Chave de Ouro

Dando continuidade à série de entrevistas com as bandas que irão participar do Festival Casarão, segue agora a entrevista feita pelo repórter Luiz Cochi com a banda Made In Marte, na qual falam da cena em Rondônia, da nova fase da banda como um power trio, e dos seus projetos atuais e futuros.

A banda portovelhense oriunda da época em que pipocaram bandas interessantes e com propostas diferentes no estado, e também uma das poucas remanescentes, mostrou o diferencial em outras edições de festivais locais e mais recentemente na versão local do Grito Rock. Estes ano eles abrem o Festival Casarão, exatamente como há dois anos atrás, mas desta vez trazem muitas mudanças e uma proposta de desenvolver seu trabalho. Amanda é a atual vocalista e guitarrista da banda e vai nos responder umas perguntas sobre a banda e sobre a cidade.

Bem, eu sei, mas muita gente não sabe: o inicio da Made in Marte por "eles mesmos":
Amanda: Pra mim o início foi tranquilo, praticamente já tinha outra banda, deixei um anúncio em um site de cifras e bandas novas que queria entrar numa banda e recebi resposta, um mês depois começamos a ensaiar.

Nestes últimos dois anos o que mudou, pra melhor e pra pior?
Amanda: Pra pior creio que a dificuldade e a instabilidade dos bateristas que passaram pela banda. Esse têm sido nosso principal problema. De resto acho q foi pra melhor, mesmo com outros infortúnios, como local de ensaio e até falta de equipamento, acho que o som amadureceu e melhorou bastante e para uma banda isso é o que deve importar.


Quais os motivos vocês apontam para estarem fora dos palcos, seria a cena, o publico?
Amanda: Nenhum dos dois. Não é segredo pra ninguém que temos problemas em conseguir uma baterista que se comprometa tanto como a gente (eu e o Diogo) já faz. Mesmo passando mais de um ano sem tocar, continuamos ensaiando esporadicamente e criando coisas novas na medida em que temos tempo.
Diogo Quirino (baixo/vocal)

A banda impressionou a todos em seu breve retorno no grito do rock deste ano, depois vocês deram uma "sumida"...
Amanda: Ficamos sem baterista outra vez. Mas agora estamos ensaiando com o Gabriel (Hey Hey Hey), que nos tem ajudado muito.

O nome da banda continua o mesmo?
Amanda: Sim, porque a gente ainda não acabou a banda. Digo, fizemos mudanças necessárias, mas se for para trocar o nome, aí já seria claro outra banda, outro conceito também.

Que mudanças vocês perceberam através dos anos de banda e há alguma novidade para o Casarão?
Amanda: Além do Gabriel, músicas novas. As músicas mostram toda a mudança. Agora temos mais idéia do que fazer, de como queremos soar. Antes era tudo muito improvisado (o que eu gosto muito também) e simples. Sendo trio também muda muita coisa, a estrutura da banda requer um esforço maior de cada um.
Amanda Ribeiro (guitarra/vocal)

A cena em Rondônia, como vocês a vêem?
Amanda: A cena anda pouco movimentada, antes tinham mais eventos para elas tocarem. Se bem que eram as próprias bandas que faziam. Eu nunca fui muito adepta em movimentar a cena, de coletivos e essas coisas. Acredito que as bandas deveriam se importar mais em fazer músicas e melhorar sua qualidade, e conhecendo seu potencial, elas podem se auto-promover. Mecanismos não faltam pra isso, internet, festa, gravação.

Planos para a banda?
Amanda: Idéias novas, tentar sons diferentes. Gravar um EP também.
Por : Luiz Cochi

Um comentário:

Anônimo disse...

é impressionante como ainda na conjectura atual há pessoas que acreditam no velho esquema de artista iluminado, onde o artista existe só pra criação e nunca para varrer o proprio ateliê onde trabalha :P
e mais impressionante ainda, o fato da entrevistada em questão ser capaz de identificar sintomas que fazem a cena estar pouco movimentada, mas serem incapazes de se adimitir parte da doença.
pois são seres como estes que enferrujam as ferragens de um processo que apenas diz:
trabalhe pela sua criação