31 de mai. de 2009

A comitiva do Raio q Uparta no Festival Bananada - Goiânia

Hey Hey Hey no Festival Bananada (Foto por : Luiz Cochi)

Bem, estava eu a acompanhar a comitiva dos três integrantes da Hey Hey Hey que realizaram a grande jornada de 40 horas até Goiânia, afim de realizarmos a demanda que era levar esse som maravilhoso e criativo que é o som da já citada banda. Mesmo a luz do sol trazendo más notícias a cada dia que antecedeu nossa jornada, nossos ânimos não se abateram e com a sagacidade de quem quer enfrentar o mais poderoso (foderoso) público ensandecido deste lado das terras Roqueiras, conseguimos embarcar às pressas, para a Meca do Hard Rock no Centro Oeste, ainda na cidade de Porto Velho enfrentando congestionamentos, horários apertados e o mago maior de todas as desistências : a (falta de) grana. Enfim embarcamos para Goiânia, os ânimos quase surpresos de termos conseguido as passagens e a coragem fitando o horizonte distante das paragens que iríamos desbravar.

Chegamos no Sábado, atrasadíssimos, fomos na van direto para o almoço, muito bem recepcionados pelo pessoal do evento, pegamos um quarto e descemos pra cidade comprar sucos, batatas fritas e (lógico) bebidas.

Girlie Hell (Foto por : Luiz Cochi)
A noite cai e lá vamos nós para o Martin Cererê, chegamos mais ou menos na hora que começou a primeira banda, Girlie Hell, que tinha em sua formação só meninas, entre elas uma baixista que em muito me lembrou o Joe Ramone, um sonho de garota, mas meu caráter fiel e romântico só me permitiu admirar aquela beleza punk. As músicas seguiam uma trilha Hard rock com letras em inglês, era perceptível que a banda tinha pouca estrada, mesmo assim foram uma ótima escolha.

T.S.A. entra com um Rock mais pesado e um pouco melódico, um power trio com letras em inglês e um tanto intimista. Gostei e ele começaram a animar o festival. Depois tocou Sangue Seco, que não me atraiu muito, mas mostrou com muita responsabilidade seu punk rock.

Hey Hey Hey (Foto por : Marina Marques)
Estive com a Hey Hey Hey no palco passando som, como roadie claro! Visto que nem de longe minhas habilidades suprem os requisitos para integrar a banda, assisti a passagem de som como um fã descabelado enquanto coisas estranhas aconteciam no back stage. Vi também caras famosas de pessoas que esperavam para ver o Show. Eles começaram com uma música nova em que Fiorelo faz um som metalizado tocando na ponta do cabo da guitarra, “Não pare de Fumar”. Foi assim, fraquinho, pra dentro, como só a voz do fiorelo é, mas chamou a atenção, aliás a escolha dessa música para abrir foi ótima. Neila, como eu nunca havia visto, animada, sem aquela cara amarrada, até ensaiou uns sorrisos. Como nós comentamos depois: “Ela tava tirando onda mesmo!!” dançando com o tecladinho na mão ou com o baixo. A apresentação vai ficar como uma das que eu guardarei, tudo soou perfeito, o Gabriel pisava no bumbo e a grade tremia feito o efeito de uma bomba, Filipe cantou demais e o show não foi linear ou monótono, foi crescendo e no fim, quando eu vi fiorelo no baixo pensei:“putz, 40 horas de viagem e já ta terminando.” De tão envolvente aqueles 30 minutos pareceram menos, muito menos.

Gabriel, Fiorelo e Neila sendo entrevistados (Foto por : Luiz Cochi)
Depois da apresentação se seguiram entrevistas, enquanto Marcos Felipe falava com o pessoal do Cubo, Neila, fiorelo e Gabriel davam outra entrevista, estas não foram as únicas mas foram tantas que nem assisti a banda que tocou depois deles. A receptividade foi enorme, vários nomes da cena diziam para um ou outro integrante de que eles tinham de cair no circuito e rápido!

Ouro Showzasso foi da MQN, Teatro hiper-lotado, um calor brutal, mosh de mulher bonita (e não era contratada) e muita, muita energia e bebida voando pra todo lado. A noite estava fria, mas o teatro em eles tocaram parecia uma panela de pressão com as pessoas saindo ao final e vindo todo aquele calor lá de dentro. Fantástico e inesquecível.

O nosso Segundo dia foi o mais atribulado, tivemos de ir duas vezes à rodoviária afim de mudarmos nossas passagens e tentar ficar mais um dia. Quase perdemos a passagens já tiradas para voltarmos no domingo, o que nos deixaria ilhados em Goiânia até conseguirmos mais passagens. No fim conseguimos, mas não sem perder boa parte do início do festival. Não conseguimos assistir nem a Boddah Diciro, uma das minhas expectativas. Chegamos ao Martim já na hora da Versus AD, devido aos nossos preparativos do lado de fora só vimos o final dessa banda, sendo que a Fígado Killer a gente assistiu de verdade, bem, o nome já denuncia o estilo da banda.

Mamelo Sound System ( Foto por : Luiz Cochi)
O grande destaque desta noite foram as banda de Hip-Hop Projeto Manada e Mamelo Sound System, que trouxeram uma energia totalmente diferente da já vista, ganhando elogios de todos presentes. Um outro destaque foi também a banda de GO a fechar o festival : Mugo, explosiva sem ser mais do mesmo. Uma banda que vem com uma proposta diferente de Rock performático e pesado.

Depois de tudo, o retorno aconteceu até mais rápido, estávamos há uns dois dias sem dormir direito então o primeiro dia de ônibus nem passou direito, dormimos como pedras. Mesmo sem ter quase dinheiro algum sobrevivemos a mais dois dias de viagem, comendo pão e queijo barato comprado nas padarias mais bagaceiras do Brasil. Um abraço aos que foram e sobreviveram.

Com certeza a Hey Hey Hey entra pro circuito das bandas independentes que rodam os festivais. Sorte aos garotos e que a cena em RO cresça junto com vocês.
Por : Luiz Cochi

2 comentários:

Clara disse...

O Bananada é sempre muito bom, o show da Hey Hey Hey foi fantástico! Todo mundo falou super bem, tão de parabéns!
E falando em banda boa, deixo a dica de uma muito foda! Eles acabaram de lançar um clipe foda na MTV! Olha que legal: www.youtube.com/watch?v=DIMvjBpnW7E
Espero que goste! www.myspace.com/motores

Bruno Jose disse...

Que bom cara, Parabens galera , e goiania e foda D+ tenho certeza que curtiram o show de vcs !

Bruno Jose