Sexta-feira, dia de curtir mais um evento na famigerada escadaria da UNIR centro. Agora, graças ao período de “oh meu deus! Como eu som um bom político, me reelejam”, com uma placa enorme escrito UNIR CENTRO, como se ninguém soubesse que fosse lá, ou como se aquilo lá fosse algum ponto turístico. Depois de uma semana de trabalho e tédio tudo o que era preciso era uma boa dose das bandas de pvh e do público mais quente. Claro que há aqueles indesejáveis machistas e fascistas do grind, mas nada que estragasse a noite.
A primeira banda da noite foi a TREVO DO ROCK, uma atualização da velha guarda nu-metal, formada por ex-integrantes de bandas covers do referido estilo que proliferavam nos anos 2000. Na verdade não consegui entender muita coisa do que eles tocaram, só entendi que não era new-metal. Na verdade deu pra ver que eles estavam bem nervosos e que o baixo devia ter alguma desafinação, pois sempre que tocavam nas escalas mais baixas tudo parecia sair do tom, eu faria uma resenha mais detalhada se pudesse, mas acho para uma primeira apresentação eles foram bem. De fato, percebi que pedaleiras zoom não dão um bom som pra apresentações ao vivo. Quem sabe da próxima vez.
Logo depois entraram os caras da “lendária” DHC, disseminando toda a testosterona e panfletagem que faziam as mentes aqui na cidade nos anos noventa. Uma enorme roda de pogo se formou, realizando assim o desejo daqueles que não dispensavam a presença de brutamontes suados e com caras de mal, era visível o prazer dos que ali estavam. DHC é uma boa pedida pra quem gosta da criatividade do hardcore unida a um exaltado discurso rebelde. Destaque também para a rádio virtual comandada pelos caras da banda, que fez a cobertura ao vivo da festa. Confiram aqui a rádio.
O virtuose e o peso entraram em cena com a Miss Jane, que destilaram boas doses de suas músicas, levando todo o público a se mexer, no mínimo se batia o pé. Até quem não gostava do estilo se moveu. Um destaque pra banda foi o estilo visual e a desenvoltura, que é quase metade do peso do show, mostraram um visual de simples que não disputava espaço com a música, ponto pra eles. Aliás, as bandas daqui pouco se preocupam com esse quesito.
Depois de muito tempo sem vê-los tocar, assisti a Recato e seu baixista novo numa das apresentações mais legais da noite. Destaque para uma pequena improvisação de “O manual de Instruções” na voz e guitarra, uma música da Banda Superguidis, conhecida como uma das melhores do circuito independente.
Para fechar a noite, a New Change, que assisti pela primeira vez, pois sempre eles eram colocados para abrir as festas e eu nunca chegava cedo. Apresentaram sua leitura de new metal com diversas influências, que vão de At the Drive in até Beatles. O que eles não tem em maturidade sobrava em empolgação, mesmo com o pequeno público do fim da noite o Show foi forte e carregado de uma boa performance de palco.
Foto de Recato por: Johnatha
Foto de New Change por: Jaqueline Teles
10 comentários:
achei extremamente equivocado o comentário em relação a banda new change, eles não tem um pingo de influência new metal. É um claro misturado de punk hardcore.
punk hardcore???? Bateria bem trabalhada com atenção voltada aos detalhes é uma caracteristica de new metal, vozes com sobre-tons tbm fazem parte dessa pegada. Um baixo extremamente trabalhado tbm é uma boa parte deste estilo, além das guitarras com bases pesadas embrulhadas com alguns acordes limpos e riffs concentrados mas não exatamente simples. Pode até ter punk no som dos caras, mas vá ouvir uma musiquinha.
E como que esquece de citar o cover de "Time" do Pink Floyd que a Recato fez ? :S
essa parada de resenha ´sempre foda comentar, ate por que é a visao de uma pessoa que tem determinados gostos e preconceitos. mais vamos ao ponto... Festa bem organizada, como sempre vem sendo as festas na escadaria, estrutura de som e iluminaçao bons...
agora dos comentarios do resenhista acima..., acho que rola um equivoco, e o Marcos ainda enrola mais essa discuçao e sobre o que a New change toca.... cara na minha opiniao pode ser tudo... menos New Metal....alias passa longe... mais entendo ate por que pq para os "Indies" tudo que soa pesado e com pegada forte é New Metal... pois olhe so ja chamaram ate o bicho du lodo de new metal.
pra mim eu acho que a new chance toca o que chamam de "Post punk" pra quem nao conhece ai vai algumas referencias: dance of days, Finch, At the drive in.
nada de new metal!!!
ps: marcos felipe...., e quem disse que punk HC nao tem baterias trabalhadas??? muito pelo contrario... vc anda escutando pouco HC..., escute Belvedere, Rufio, Nofx, Street Bulldogs ....
batera bem trabalhadas, guitarras bm trabalhadas e nao é new metal....
fioou massa o blog
abraço pra galera
Dance of Days é emocore :p (o de verdade, vindo do embrace).
Só para comentar mesmo, hehe
o que é emocore? Oo'
não achei esse peso todo não, fiz meu comentário baseado nas prévias de purevolume. Mas new metal que não é ouahsoash. valeu a citação polêmica no pobrecast (rsrsrs).To louco pra ver o show a vera, deve ser bem legal. Abraço a todos ae
Dance of days é bem emo... E a new change tem caracteristicas bem proximas mesmo. Post Punk não é puro Punk hc, tá no nome.
E indie, é uma visão distorcida do que acontece com o som das bandas depois dos anos 2000. bandas que são influenciadas por Q.O.T.S.A, Foo Fighters, Weezer, Supergrass, Pixies, Super Furry....não podem nem de longe ser simplesmente consideradas indie. Acho um grande equivoco considerar a new change uma banda de punk como é um grande equivoco resumir o som da recato, por exemplo, em Los Hermanos.
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